domingo, 29 de julho de 2007

E a redação da Miga


Dois girassóis andavam pela praia. Pararam assustados quando uma alcatéia de libélulas azul-douradas passou navegando.

O besouro Escurinho passeava no jardim com as crianças.
Muito sol e muito verde por tudo.

Os girassóis reclamaram: este mundo ficou maluco! Mas o besouro Escurinho já ia lá longe.
Muito sol e muito verde por tudo.
A água era verde com muito sol. (Tinha também uma gaivota verde).

Era tudo meio estranho, mas os girassóis continuaram a andar. A areia estava quente e gostosa. Então, as libélulas cantaram.
Muito belo e bonito.

Uma canção de ninar
com o som do mar
com as ondas batendo
com as ondas lambendo as nuvens.

Os girassóis e o Escurinho... não precisam de cartas: eles passeiam na beira da praia.
Às vezes não dizem nada, mas se olham e pronto. Com as crianças, o mesmo.

As libélulas agora estão retornando. São quase cinco horas e elas vão ensaiar o concerto de amanhã: Chuá, chuá. Som de mar e ondas.

E vão dormir bem ao som das próprias canções de ninar.
Um pássaro aqui e ali, esperando para ser acariciado. Assim é o verão aqui.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Da Adry


Era uma vez uma estrela em meio a escuridão. Ela brilhava, cintilava, iluminava... Um dia, começou a sentir na noite uma grande solidão e foi aos poucos se ofuscando, apagando, escurecendo.
Quando a tristeza e o abandono já pareciam reinar, ela vê as estrelas vizinhas ainda a brilhar, alegremente a cintilar, calmamente a iluminar. Tudo fez-se luz!

A estrela nunca esteve só, ela só não tinha percebido que mesmo que não visse com os olhos a presença de suas companheiras, elas ali estavam. E nunca mais se ouviu falar em escuridão, porque a estrela agora sabia...
(menina Adry)

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