segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Aracne ou Penélope?

Meus sonhos,
teço-os
tênues teias.

Depois desfaço-os,
soprando-os

ao sabor dos ventos.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Três Anos

É um belo número... E, devo dizer, uma longa e agradável história.

Em comemoração ao nosso aniversário, decidi inaugurar este novo espaço para nós, mais leve, mais organizado e, quem sabe, mais movimentado.

O endereço anterior deixará de existir, provavelmente muito em breve. Por isso, estou transferindo, aos poucos, todos os posts antigos de lá para cá. Com o tempo, tentarei fazer o mesmo com os comentários - proncipalmente com os divertidíssimos comentários da nossa época áurea!^^

Aproveito para postar saudades. Saudades do misterioso Anônimo, q às vezes passa, mas tão de quando em vez que deixa saudades. Saudades do amigo Esk, que (e fez muito bem!) se perdeu pelo Velho Mundo e especialmente, saudades do menino -Ei. Gosto de imaginar que o espertinho passa por nossos blogs uma vez ou outra, para ver como estamos. Espero que passe por aqui, e saiba que sinto (sentimos!) muita falta dele. E desejamos sempre que esteja feliz...

Os amigos que nunca sumiram (Adry, Jooodok, Miga, Tski!!) tbm merecem uma homenagem, pela enorme paciência, hehehe ^^ Espero que possamos passar mais três anos juntos, e depois mais três e mais três e mais, mais, mais... Isso vai ser um bocado de tempo, no fim das contas! ;)

Quanto ao nosso novo espaço, espero opiniões. Reclamem, critiquem e elogiem tbm, por favor! Se houver algo do antigo q deva vir para cá, avisem, que passarei a informação à secretaria e tentaremos atendê-los em breve.



E parabéns para nós!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Resumos e Rascunhos

Eu devia estar fazendo mil outras coisas- entre elas, o almoço- mas cá estou, atualizando o blog. Volta e meia me pego pensando no que escrever aqui...
De vez em quando sai uma poesia torta, um mini-texto, um desenho apressado, um sorriso escondido, uma frase solta ao vento. Vou juntando tudo, confundindo tudo entre todos os papéis que diariamente me acompanham e nada vem pra cá, no fim das contas.

Juntei alguns, todos memórias sem data. Um apanhado de meus últimos papéis esparsos:



Aquela menina de cabelos presos em cachos por um fino laço lilás passou muito tempo inclinada à janela. Olhar vago, quase choroso, eu diria. Diria, se ela tivesse chorado.

Mas ela permaneceu assim, dias a fio, o olhar mudo passeando pelas ruas. De movimento, apenas os cachos, brincando com o vento.

A insistente voz da mãe fez com que descesse a atravessasse o umbral da porta. Os pés guiaram-na pelo caminho conhecido, andando sem cansaço, sem decisão, sem certeza. Até se perderem.

Então pararam, e ela ergueu os olhos. Estava perdida, estavam perdidos. Caminhos que se cruzavam e levavam a lugar algum. Estrada sem placas ou com placas demais, ela não saberia dizer. Ela nunca sabe dizer nada.

Restava seguir caminho ou retornar.
***

Entre o caderno de linhas
E aquele bloco branco
Prefiro o segundo.
Que não impõe limite aos sonhos.


***

Segredei-lhe, no inverno,
meus segredos.
Você fingiu não ouvir.
Mas deixou que a canção continuasse tocando.

Agora já é primavera,
logo virá o verão.
As palavras que não ouviste,
Haverá os que ouvirão.

E brotam as flores.
E chove, de leve.
Na brisa, uma nova canção.


***