terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Giz


E foi pensando assim, num pensar que nem sabia existir. Começou a escrever. Não era mesmo certo. Aliás, era injusto. Salas de aula são feitas para funcionar. Observou o (já?!) velho quadro-negro. Mas eram apenas as teias de aranha.


Provavelmente o esqueleto gostaria, se não tivesse escolhido outro canto de escolinha ( e será que nessa tbm havia um armário como o nosso?) para viver.

Ali no cantinho, achou um toquinho de giz. Era mau sinal: ninguém escrevia ali fazia tempo. E era bom sinal - o toquinho de giz vinha carregado de esperança, mesmo no meio de tanta poeira.

Basta um toquinho de giz (talvez nem isso, mas então nem pareceria verdade) para que uma professora escreva. E para que os alunos venham. E sentem. E brinquem.

Todos juntos - alunos e professora.