sábado, 11 de junho de 2005

E por falar em nomes...



(Uau! Notaram o estilo quase acadêmico?:P He, cansei...)


Dia desses estávamos falando sobre nomes e sobrenomes (gostei disso..) durante a aula. Como este tema também já foi comentado aqui, por Anônimos e meninos de nomes exóticos, achei q era hora de se falar no assunto. Na minha salinha, inventei de fazer uma carteira de identidade (de cartolina mimeografada) para cada aluno, e comprei um cd do Toquinho com a música "Gente tem sobrenome" (aliás, com músicas muito bonitinhas. Não conhecia o alfabeto do Toquinho...).


Logicamente, falamos sobre o nome dos pais de cada um, sobre o motivo da escolha de cada nome e por aí afora... Daí, lembrei-me de um ou outro caso acontecido na escola, que ouvi de alguma professora logo quando comecei a trabalhar. Conta-se, que certo dia apareceu uma avó muito indignada na escola, por causa das notas baixas do neto. Pediu pra falar com a professora do Fábio Júnior (não o cantor, e sim o aluno :P) E lá foi a secretária, tentar descobrir de que turma era o tal menino. (é, é assim mesmo... A maioria dos irresponsáveis não sabe a turma e a professora de seus filhos... )


Depois de muita busca, informaram à avó de que não havia nenhum Fábio Junior matriculado na escola. Ela, mais que depressa, pôs-se a descrever o menino e contou um ou dois casos entre os que ele já aprontara na escola.... "Mas minha senhora..." Contestou a secretária "Este aluno se chama Roberto Carlos!" "O quêêê?!" E a avó, apertava a cintura com as mãos, entre surpresa e indignada. "Ah, bem q eu imaginava que o mentiroso do pai dele não tinha colocado o nome que eu pedi..." E a mulher voltou pra casa, jurando vingança contra o genro (ou filho, sei lá...) Se todas as histórias fossem simplesmente engraçadas, seria ótimo. Mas houve uma vez em que a mãe, vindo matricular o filho caçula, Marlom, perguntou à secretária o sobrenome da criança mais velha, que já estudava lá há alguns anos. "Juan Da Silva Rodrigues." Responde a secretária, solícita. "Ahhh! Obrigada, viu?"Agradeceu a mãe, enquanto se explicava "É que estava em dúvida se o Juan era filho do pai do Marlon também, ou não..." Não era... Nem o Marlom, nem o Jéferson, nem o Bredi. A mãe simplesmente não tinha mais certeza de quem era o pai de cada filho...


Pode?! E tendo falado em nomes próprios (Tais como Bredi), acho incrível a quantidade de alunos com nomes "estrangeiros" que nos aparecem. Cada dia me cai um mais interessante em mãos... Como deixar de citar o Uberlam? O Maicom Jeckinsom? O Miller? E o surpreendente Benhur Leonardo?! E ñ podemos esquecer o Rerissom. Quem?! Ora, o Rerissom, professora! Daquele ator do Indiana Jones... Rerissom For! (Vão dizer q ñ o conhecem?) Todos exemplos vivos de criatividade... (Haja criatividade para se escrever desse jeito!)


Este ano, temos uma menininha que, ao ser chamada pela professora: "Nathally", emenda com um "Nathally Brenda, tia!" Sim, façam o favor de chamá-la pelo nome completo! Entre os melhores casos com nomes femininos, temos uma que se chamava "Tebesthilda". Eu não a conheci, mas reza a lenda, que era exatamente assim. Como a menina reclamava, dizendo que a professora não sabia falar o nome dela direito, o pai foi chamado à escola. "Não, professora! A senhora não fala o nome direito por que é inglês!" E explicou , rindo do pouco conhecimento acerca de línguas estrangeiras, por parte de uma professora: "A mãe dela era Hilda, igual à avó. Ela também é Hilda, mas é a melhor de todas..." Muito lógico, não é verdade?


Isso, sem falar nos casos de combinãções tristes e infelizes... Já aconteceu de uma professora, em uma reunião com os pais responsáveis por sua turminha de jardim (E.I, prézinho ou como vcs quiserem chamar...), ao ler mecanicamente o nome de seus novos alunos, chamar pela mãe do "Davi Adão"... Infeliz cacofonia, que provocou risos e deixou a mãe constrangida. E houve a Ângela, que em todos os documentos era Ângela, mas que no dia-a-dia, era chamada de Isabel... "Professora, A Bebel tá se comportando bem?" "Quem?!" "A Isabel, professora!" "Mas não tenho nenhuma Isabel na sala, minha senhora!" E a mãe, depois de pensar um pouco: "Ah, é, desculpa... É que eu queria Isabel, mas o pai registrou Ângela. Se a senhora quiser, pode chamar de Isabel tbm, é assim que os amigos chamam..." E um caso parecido, o do Wagner, que era chamado sempre de Júnior pela família. Mas que não tinha Júnior no próprio nome... Todos os dias, me dizia que ia trocar de nome, que achava Wagner muito feio... Nunca o fez, até pq não chegou ainda aos 8 anos de idade, mas só imaginem como fica a criança, em plena fase de construção da identidade...


Identidade?! Hum, melhor não imaginar nada... Já temos identidades secretamente perdidas o bastante pelo blog...