segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A quem chega

De minha pena não brotarão
versos de rimas raras,
tão próprios de amores perdidos
e das imensas paixões sofridas.

Nem escreverei aventuras heróicas,
epopéia brilhante de atos ousados,
escrita com os mais rebuscados vocábulos
e compreendida por poucos ou ninguém.

Tampouco concebo um drama, daqueles de longos e belos diálogos e intensas estruturas frasais. E cuja jovem heroína morre antes do fim, lamentada por um cavaleiro que, perdido entre os capítulos, demorou até as últimas páginas para chegar.

Não.
Prefiro a coletânea de pequenos contos.
Um seguido de outro, leves, curtos, reais e firmes.
Aos poucos renderão - quem sabe- um romance.

Que fique consagrado em nossa literatura!

3 comentários:

Anônimo disse...

A tia conseguiu se superar ...
Calma Clarice , não precisa ficar com inveja !.... E vc Cecília fique quietinha pelo menos um pouco ...

Roberto A. Wild disse...

E nós, mortais, faremos uma vaquinha para que nunca faltem folhas brancas e liláses...

Clarinha disse...

Tski....
Não blasfeme! É feio!