sábado, 16 de abril de 2005

Baladinha Triste à Felicidade Fugidia

És precária e veloz, Felicidade.
E de tal coisa não se pode duvidar,
mas como é certo que quando vens, não te demoras,
certo é que vivo a vida a te esperar.


Felicidade, nunca deixes de chegar!

Se realmente ensinaste o tempo aos homens,
Se horas há, para teu tempo se medir,
Que o tempo passe, mas que nunca me esqueça
da imensidão, da alegria que senti!
Felicidade, ah! Quanto demoras a vir!

És dolorosa coisa estranha de alegria,
Preenches a alma com rara satisfação vazia.
E s´inda ontem tornaste triste, a vida minha
Hoje sinto o que nunca ainda havia!

Felicidade, esteja sempre à alma minha!
Porque um dia se vê que todo tempo passa, e que as raras horas, confusas e intensas, persistem !
(assassinando, trucidando desavergonhadamente a poeta.)

Nenhum comentário: