domingo, 10 de abril de 2005

Para Variar...

Die Beiden

Sie trug den Becher in der Hand
-Ihr Kinn und Mund glich seinem Rand-
So leicht und sicher war ihr Gang,
Kein Tropf aus dem Becher sprang.

So leicht und fest war seine Hand: :
Er ritt auf einem jungen Pferde,
Und mit nachlaessiger Gebaerde
Erzwang er, dass es zitternd stand. .

Jedoch, wenn er aus ihrer Hand
Den leichten Becher sollte,
So war es beiden allzu schwer:

Denn beide bebten sie so sehr,
Dass keine Hand die andre fand
Und dunkler Wein am Boden rollte.

***


Os Dois

Ela levava a taça na mão
- seu queixo e boca exatos como sua margem-
tão leve e seguro era o andar dela
nenhuma gota pulava da taça.

Tão leve e firme era a mão dele:
cavalgava sobre um jovem cavalo
E com um gesto negligente
deteve o cavalo, que parou tremendo.

Contudo, quando ele, da mão dela
a leve taça deveria pegar
Era tal gesto, para ambos, completamente difícil

Pois os dois tremiam tanto,
Que uma mão não encontrou a outra
E o vinho vermelho rolou pelo chão.

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Hugo Hofmannsthall, poeta alemão do início do séc. XX. Detalhe: é minha primeira tradução, completamente livre e desautorizada, com direito a erros esdrúxulos e idéias difíceis. Nem pensei en tentar manter a forma poética ao traduzí-lo. Acho que traduzir poetando estraga o sntido original proposto pelo poeta. Mais vale perder a musicalidade na tradução(que sempre fica péssima) que perder o sentido do poema. A musicalidade está no original.

E existe quem tente afirmar ser o alemão um língua grosseira. Dêem stop nos filmes sobre a II.Guerra e experimentem um poema auf Deutsch. Nada tão suave...

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