domingo, 10 de abril de 2005

Eu?!.

Observando meu blog, que propunha-se a falar do dia a dia na sala de aula, acompanho sua metamorfose em antologia poética.
A Antologia de minha alma...
Acabei reunindo aqui palavras que traduzem meus sentimentos, os quais, eu, sozinha, sou incapaz de externar.

Hoje mesmo, lendo Cecília (mais uma vez) senti-me tão pequena, tão mínima! Incapaz, até! Como pôde ela expressar todos os sentimentos que povoam meu ser?
Terá borboleteado Cecília tanto quanto borboleteio eu?
Não sei se acredito, afinal vivem nos dizendo para não confundirmos o escritor com sua obra. São seres distintos, são outra pessoa.

Pessoa? Sim, muitas pessoas. Fernando era Pessoa e pessoas, muitas delas...

É , viajei de novo, fugi de mim mais uma vez. Caí nas pessoas do Fernando ao procurar a Pessoa que há em mim. Às vezes penso serem muitas. Outras vezes, parece-me não haver ninguém aqui além de mim.

De "Eu".
Eu?

Oras, quem sou eu que sequer consigo definir-me? Um Eu que não sabe assumir as próprias decisões, ou que ao assumí-las, chora as resoluções tomadas, inseguro por deixar de viver um dos muitos Eus coexistentes?
Quem é esse Eu que grita dentro de mim?

Que eu sou eu, afinal, digam-me?!

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